Os desafios trazidos atualmente pela neutralidade carbónica são uma questão para todos os setores. Létourneau criou o Carbo para ajudar as empresas de todas as áreas a lidarem com o tema e a capacitá-las para gerir a sua pegada de carbono: “Esse assunto tem sido tradicionalmente do domínio dos especialistas. Nos últimos anos, assistimos a uma democratização definitiva destas questões, sobretudo pela urgência da situação. É por isso que as empresas têm um papel importante a desempenhar, porque são elas que impulsionam a mudança.”
Naturalmente que, há setores que poluem mais do que outros e, portanto, devem ser objeto de esforços mais direcionados, como os transportes. As empresas têm à disposição uma série de ferramentas para reduzir a sua poluição, como por exemplo analisar sua cadeia de abastecimento e comprar mais em produtores locais. Os indivíduos também podem agir mudando os seus hábitos de viagens e recorrendo a práticas como viagens-lentas.
Segundo Simon Létourneau, “com a noção da pegada de carbono, estamos a lidar com um objeto quantificável – podemos definir metas e monitorá-las. É semelhante aos objetivos financeiros das empresas. Essa missão de calcular e reduzir a pegada de carbono pode ser alcançada por meio de tecnologia, dados. É importante que estes dados sejam colocados ao serviço para um objetivo mais ecológico”.
Estas medições permitem-nos estabelecer um ranking europeu dos países que emitem as maiores quantidades de gases com efeito estufa. No topo da lista estão a Alemanha (839.7 MtCO2e), França (454.8 Mt), Itália (430.7 Mt), Polónia (393.,9 Mt), e Espanha em quinto lugar com 333.6 Mt2.